No dia 04 de dezembro de 1963,
quase 50 anos atrás, o papa Paulo VI promulgava a Constituição “Sacrosanctum
Concilium”. Este Documento propôs uma reforma na qual a liturgia ficou mais
participativa e envolvente. A participação ativa dos fiéis na ação liturgia foi
o grande objetivo da reforma litúrgica.
A reforma já tem 50 anos, mas
demorou chegar ao Brasil e nas comunidades. Isso se deve por um lado à
resistência de muitos padres à mudança e, por outro lado, o povo estava muito
acomodado a nada fazer na liturgia. O sacerdote celebrante tornara-se o dono da
liturgia, enquanto o povo havia se acostumado a assistir passivamente às
celebrações. Quem não entendia o latim, acabava por rezar o terço.
É na liturgia que a gente renova
a fé e encontra força para a missão, pois nela se encontra a presença mais
forte de Deus. Na cabeça do nosso povo está a mentalidade errada de que quem
celebra é só o padre. Ainda hoje, às vezes ouvimos no comentário inicial: “Vamos
receber o celebrante”. Todo o povo
celebra! Pelo batismo somos um povo sacerdotal.
Com a reforma, cada povo celebra
na sua língua. Faz comentários, preces, leituras, cânticos, etc. No campo de
futebol, um jogador desanimado cansa todo o time. Na liturgia, um cristão
desanimado contagia todo o povo. Por outro lado, um cristão animado e
participativo ajuda todo o povo a rezar na liturgia. A igreja é chamada a ser
mais participativa e ministerial.
Que possamos valorizar muito
nossas celebrações litúrgicas com toda sua riqueza. Participemos ativamente das
celebrações, fazendo da Liturgia, principalmente da liturgia Eucarística, o
ponto alto da vida de nossos grupos e comunidades. “A liturgia é o cume para
onde se dirige toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte onde brota a
sua força” (SC10).
(Fonte: roteiro de reflexão de junho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário