Estamos no final do Ano Litúrgico. Fim de uma etapa, início de outra. Nesses momentos é sempre bom fazer
uma avaliação do ano que passou, e planejar
o que queremos daqui pra frente. O dízimo nos ajuda
nessa avaliação. Como vivi a graça de Deus ao longo deste ano? Soube corresponder a tantos gestos
de bondade? O que fiz com
os talentos que Deus me entregou? Soube partilhar? Fui uma pessoa
solidária? Vivi de
fato a fraternidade? De que forma o meu dízimo foi um sinal de uma fé
verdadeira,
de adesão ao projeto de Jesus Cristo, de generosidade e partilha? Ofereci o
dízimo com alegria, com sentimento de gratidão? Demonstrei confiança na
providência divina?
A festa de Cristo Rei
vem lembrar que
Jesus é o único Senhor
da nossa vida.
É o verdadeiro Rei, a quem nós amamos e servimos.
Tudo vem dele. Tudo foi criado por meio dele e para Ele.
É o que nos mostra a segunda
leitura da celebração de hoje. E é verdade.
Olhe à sua volta. Tudo o que você vê Deus criou
para nós. Imagine
o que está nos céus,
sobre a terra
e sob as águas
dos rios, lagos
e oceanos, tudo Deus criou
para você. Quando
você nasceu já estava tudo pronto. Mesmo que você
jamais ofereça algo a Deus e à comunidade, tem
o direito a receber tudo o que Deus criou. Desde o ar que você respira. Deus
lhe deu inteligência, saúde, criatividade, força de trabalho... Se a gente
planta, Deus é que oferece a semente, faz a planta crescer, dar frutos. Temos apenas
o trabalho de semear ou plantar e cuidar. Como
diz São Paulo,
“é Deus quem
dá o crescimento”.
Por isso, o povo da Bíblia sentiu que precisava devolver a Deus um pouco
do que colhia. Tinha consciência de que era coisa de Deus, dom de Deus. Daí nasceu a ideia do dízimo: abrir mão dos primeiros frutos,
das primeiras crias. Oferecer a Deus por meio da comunidade. Como
é que você devolve a Deus parte
do que recebe?
Com a festa de Cristo
Rei, celebramos também
o dia dos leigos e leigas, chamados
a ser fermento, sal e luz na comunidade. Isso significa colocar
nossa vida, nossos
dons, nosso tempo, nossos
bens a serviço do Reino
de Deus, a serviço da vida para todos. O dízimo é uma bonita expressão dessa oferta que
se faz compromisso. Por isso, a gente fala em Pastoral do dízimo. Ele não é uma simples
forma de arrecadar
dinheiro para a Igreja. Para ter
dinheiro não precisamos falar em dízimo;
é só pedir que o povo dá. O que nos motiva
é a Pastoral, o espírito que
move esse trabalho. É uma forma
de nos tornarmos membros ativos da Igreja,
e tornar possível
o trabalho pastoral
de promover a vida para todos, sobretudo os mais necessitados. É nossa contribuição para que a Igreja seja mais pastora,
servidora, além de mais viva e dinâmica. E nos educa para a doação,
a gratuidade, o compromisso com a comunidade.
O final do Ano Litúrgico nos ajuda a olhar para trás, mas também a olhar para a frente.
Como pretendo assumir meu
compromisso de dizimista daqui pra frente?
Posso melhorar? Posso divulgar mais entre os amigos a beleza de ser dizimista? Que tal mostrar
pra outras pessoas um pouco de todo
o bem que a Igreja
consegue fazer com
a nossa oferta?
Deus abençoe você e a sua família. Muito obrigado por sua participação e exemplo de fé! E lembre-se sempre: “Deus não
se deixa vencer
em generosidade”.
Padre José Antônio de Oliveira
Pároco da Paróquia São Antônio / Cristiano Otoni
Nenhum comentário:
Postar um comentário