quarta-feira, 27 de novembro de 2013

FESTA DE CRISTO REI

Estamos no nal do Ano Litúrgico. Fim de uma etapa, início de outra. Nesses momentos é sempre bom fazer uma avaliação do ano que passou, e planejar o que queremos daqui pra frente. O dízimo nos ajuda nessa avaliação. Como vivi a graça de Deus ao longo deste ano? Soube corresponder a tantos gestos de bondade? O que z com os talentos que Deus me entregou? Soube partilhar? Fui uma pessoa solidária? Vivi de fato a fraternidade? De que forma o meu dízimo foi um sinal de uma
verdadeira, de adesão ao projeto de Jesus Cristo, de generosidade e partilha? Ofereci o dízimo com alegria, com sentimento de gratidão? Demonstrei conança na providência divina?

A festa de Cristo Rei vem lembrar que Jesus é o único Senhor da nossa vida. É o verdadeiro Rei, a quem nós amamos e servimos. Tudo vem dele. Tudo foi criado por meio dele e para Ele. É o que nos mostra a segunda leitura da celebração de hoje. E é verdade. Olhe à sua volta. Tudo o que você Deus criou para nós. Imagine o que está nos céus, sobre a terra e sob as águas dos rios, lagos e oceanos, tudo Deus criou para você. Quando você nasceu já estava tudo pronto. Mesmo que você jamais ofereça algo a Deus e à comunidade, tem o direito a receber tudo o que Deus criou. Desde o ar que você respira. Deus lhe deu inteligência, saúde, criatividade, força de trabalho... Se a gente planta, Deus é que oferece a semente, faz a planta crescer, dar frutos. Temos apenas o trabalho de semear ou plantar e cuidar. Como diz São Paulo, “é Deus quem o crescimento”.

Por isso, o povo da Bíblia sentiu que precisava devolver a Deus um pouco do que colhia. Tinha consciência de que era coisa de Deus, dom de Deus. Daí nasceu a ideia do dízimo: abrir mão dos primeiros frutos, das primeiras crias. Oferecer a Deus por meio da comunidade. Como é que você devolve a Deus parte do que recebe?

Com a festa de Cristo Rei, celebramos também o dia dos leigos e leigas, chamados a ser fermento, sal e luz na comunidade. Isso signica colocar nossa vida, nossos dons, nosso tempo, nossos bens a serviço do Reino de Deus, a serviço da vida para todos. O dízimo é uma bonita expressão dessa oferta que se faz compromisso. Por isso, a gente fala em Pastoral do dízimo. Ele não é uma simples forma de arrecadar dinheiro para a Igreja. Para ter dinheiro não precisamos falar em dízimo; é pedir que o povo dá. O que nos motiva é a Pastoral, o espírito que move esse trabalho. É uma forma de nos tornarmos membros ativos da Igreja, e tornar possível o trabalho pastoral de promover a vida para todos, sobretudo os mais necessitados. É nossa contribuição para que a Igreja seja mais pastora, servidora, além de mais viva e dinâmica. E nos educa para a doação, a gratuidade, o compromisso com a comunidade.

O nal do Ano Litúrgico nos ajuda a olhar para trás, mas também a olhar para a frente. Como pretendo assumir meu compromisso de dizimista daqui pra frente? Posso melhorar? Posso divulgar mais entre os amigos a beleza de ser dizimista? Que tal mostrar pra outras pessoas um pouco de todo o bem que a Igreja consegue fazer com a nossa oferta?

Deus abençoe você e a sua família. Muito obrigado por sua participação e exemplo de fé! E lembre-se sempre: “Deus não se deixa vencer em generosidade”. 

Padre José Antônio de Oliveira
Pároco da Paróquia São Antônio / Cristiano Otoni

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