Para muitas pessoas, falar sobre política é algo que não agrada.
Preferimos falar de qualquer outra coisa que não seja política. Nesse sentido,
vale a pena lembrar algumas coisas interessantes.
Quer queiramos ou não, a política faz parte da nossa vida. Como
vivemos em sociedade, todas as nossas relações são relações políticas. Seja em
casa, no trabalho, na escola, e, até mesmo na igreja. A própria negação da
política é também uma atitude política. Aliás, uma das piores atitudes.
Política não é coisa suja. Quem a suja somos nós mesmos.
Conta-se que, certa vez, duas crianças estavam pedindo comida na rua. Uma
senhora passou e deu apenas um pão para que as crianças dividissem entre si.
Porém, a criança mais esperta, pegou o pão e antes que a outra pudesse tomar de
sua mão, deu uma boa cuspida nele. A outra criança, por causa disso, desistiu
de comer o pão. Há muitas pessoas que
“cospem” na política para que ela pareça ser algo nojento. Há um interesse, por
parte dos “mais espertos”, em mostrar apenas os escândalos, os casos de
corrupção, as brigas. Quanto mais isso aparecer, maior será o número daqueles
que terão nojo da política. Não podemos esquecer que “o pão da política” não
está de todo sujo.
O papa Paulo VI afirmou que “A política, para os cristãos, é uma
das formas mais nobres de fazer caridade”. A caridade sempre foi o grande ideal
do cristianismo. Todavia, a palavra de Paulo VI concretiza essa caridade e
mostra qual o campo privilegiado em que ela pode acontecer. É verdade que fé é
uma coisa e política é outra. Entretanto, elas se completam e se ajudam. É
fundamental termos pessoas de profunda vivência da fé inseridos nos diversos
níveis da política: institucional, político-partidário, sociedade civil
organizada (Conselhos Municipais, ONGs, etc.).
Padre Wander Torres Costa
Pároco - Paróquia São Sebastião / Ponte Nova
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