domingo, 6 de abril de 2014

MUTIRÕES DE CONFISSÕES

Começam nesta segunda - feira (07/04), os mutirões de confissões em preparação à Páscoa desse ano. Dentro do espírito litúrgico da quaresma que nossa Igreja propõe, já é comum anualmente os padres de Ponte Nova se reunirem para atenderem confissões. É uma oportunidade única de preparar o coração para os mistérios que celebramos na Semana Santa. Não deixem de buscar o sacramento da confissão, confiram os dias e não percam a oportunidade de se confessarem.

07 de Abril - Matriz da Santíssima Trindade - 19h30min.
08 de Abril - Comunidade Vau Açu e Matriz de São Sebastião - 19h30min.
09 de Abril - Matriz de São Pedro -19h30min.
10 de Abril - Matriz da Santíssima Trindade - 19h30min.
11 de Abril - Comunidade Pacheco e Matriz de São Sebastião - 19h30min.
16 de Abril - Paróquia de São Pedro - 08h30min.

"Quando sentimos o perdão de Jesus, ficamos em paz."
Papa Francisco

PRIMEIRA DOR: PROFECIAS DE SIMEÃO

Neste vale de lágrimas o homem nasce para chorar. Deve padecer e suportar os males que lhe sobrevêm cada dia. Entretanto, muito mais infeliz seria a vida se cada um soubesse os males futuros que o esperam. Desgraçadíssimo seria aquele a quem tocasse tal sorte, disse Sêneca. Usando de misericórdia conosco, oculta-nos o Senhor as cruzes vindouras. Quer que só uma vez as padeçamos, à hora e momento certos. Não usou entretanto da mesma compaixão com Maria. Destinara-A para ser a Rainha dos mártires e em tudo semelhante a Seu Filho. Devia por isso sofrer continuamente e ter sempre diante dos olhos as penas que A esperavam. E elas eram a Paixão e morte de Seu amado Filho. 

1. Nas palavras de Simeão reconhece Maria, os pormenores da Paixão de Jesus 

Eis que S. Simeão recebe em seus braços o Menino-Deus, e prediz a Maria que aquele Filho seria o objeto das contradições e perseguições dos homens. "Eis aqui está posto este Menino como alvo a que atirará a contradição: e uma espada de dor transpassará até a tua alma" (Lc 2, 34). 

Disse a Virgem a S. Matilde que a esse vaticínio se Lhe mudou toda alegria em tristeza. Efetivamente, como foi revelado a S. Teresa, a bendita Mãe sabia dos sacrifícios que Seu Filho devia fazer da vida para a salvação do mundo. Mas naquele momento, de um modo mais particular e distinto, conheceu as penas e a cruel morte, reservadas a Seu pobre Filho no futuro. Conheceu, então, que o havia de contradizer, e contradizer em tudo: em Sua doutrina, porque, em vez de nEle crerem, O haviam de condenar como blasfemador, por ter dado testemunho da divindade. Pois não disse o ímpio Caifás: Ele blasfemou contra Deus; é réu de morte? (Mt 26,65). Contradizê-lO na hora e na estima, porque, apesar de Sua nobre e real estirpe, O desprezaram como vilão: Porventura não é ele o Filho do carpinteiro? Não é sua mãe essa, que é chamada Maria?(Mt 63, 55). Sendo Ele a própria Sabedoria, foi tratado como ignorante: Como sabe este as letras, não tendo aprendido? (Jo 7, 15). Foi escarnecido como falso profeta: E vendavam-Lhe os olhos, davam-Lhe na face, O interrogavam, dizendo: Adivinha quem foi que te deu? (Lc 22,64). 

Chamavam-nO de louco. Muitos diziam: Perdeu o juízo; por que o estais ouvindo? (Jo 10, 20). Disseram-nO ébrio, glutão, amigo dos vinhos: Eis o homem, glutão, que bebe vinho e faz amizades com publicanos e pecadores (Lc 7, 34). 

Espalharam que era feiticeiro: É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa demônios (Mt 10, 34); que era herege e endemoninhado: Não dizemos nós bem que tu és samaritano e que tens um demônio? (Jo 8, 48, 52). Em suma Jesus foi apontado por celerado tão notório, que nem se precisava processo para condená-lO. Pois não disseram os judeus a Pilatos: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos! (Jo 18,30). Sofreu também contradição na alma. Até o Eterno Pai para satisfazer a justiça divina O contrariou, desatendendo-Lhe o pedido: "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice" (Mt 26, 39). No excesso de Seu sofrimento, chegou a suar sangue. Contradisseram e perseguiram-nO, enfim, no corpo e na alma. Basta dizer que foi Ele martirizado em todos os Seus membros sagrados: nas mãos, nos pés, no rosto, na cabeça, em todo o corpo, e finalmente morreu consumido pelas dores, já sem sangue e coberto de opróbrios, sobre um madeiro infame. 

2. Maria sofre; sempre à vista de Seu Filho 

O profeta Natã comunicou a Davi o castigo pelo pecado cometido: Morrerá certamente o filho que te nasceu (2 Rs 12, 14). Desde então, não pode o rei já encontrar descanso no meio de todas as delícias e grandezas reais. 

Chorou, jejuou e deitou-se na terra nua. Maria, pelo contrário recebeu com suma paz a profecia sobre a morte do Filho, e continuou a sofrer sempre em paz. Mas, vendo sempre diante dos olhos aquele amável Filho, que dor padeceria então continuamente! Não O ouvia sempre pronunciar as palavras da vida eterna? Não era contínua testemunha da santidade de todos Os seus atos? 

Grande foi o tormento de Abraão durante os três dias de jornada para o monte Mória, com seu amado Isaac, ciente de que ia perdê-lo. Entretanto, ó Deus! não três dias, mas trinta e três anos, sofreu Maria pena semelhante. Semelhante, digo? Não; tanto maior quanto mais amável era o Seu Filho, que o de Abraão. Maria revelou a S. Brígida não ter vivido um momento na terra, em que não fosse dilacerada por essa dor. Sempre que via Meu Filho, disse a Virgem, sempre que O vestia, que Lhe olhava as mãozinhas e os pés, abismava-se novamente Minha alma no sofrimento, porque Me lembrava da Paixão que O aguardava. 

O abade Roberto contempla a Mãe, aleitando o Filho e dizendo-lhe: O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra (Ct 1,12). Ah! Filho meu, aperto-te em meus braços, porque és muito querido. Porém quanto mais me és querido, mais te tornas para mim um ramalhete de mirra e de dores, ao lembrar-me de tuas penas.

Considerava a Senhora, diz S. Bernardino, como Seu Filho, a fortaleza dos santos, seria reduzido à agonia; sendo a beleza do paraíso, ficaria desfigurado; sendo Senhor do mundo, seria preso como réu; sendo Criador do universo, estaria coberto de chagas; sendo Juiz dos juízes, sofreria, condenação; sendo glória do céu, ouviria desprezos; sendo Rei dos reis, levaria uma coroa de espinhos e um irrisório manto de rei de comédia. 

Apoiando-se numa revelação de S. Brígida, diz o Padre Engelgrave, jesuíta, que a aflita Mãe sabia de todos os pormenores das penas preparadas a Seu Filho. Ao dar-Lhe de beber, pensava no vinagre e fel que Lhe haviam de oferecer. Ao envolvê-lO em faixas, já em mente ante via as cordas de Sua prisão. Ao carregá-lO nos braços, recordava a cruz de Sua crucificação. Ao vê-lO dormindo, lembrava-Se do sono da morte que O esperava. "Cada vez que vestia a túnica ao Meu Filho, disse a Virgem a S. Brígida, pensava que um dia lha arrancariam violentamente para crucificá-lO. Quando Lhe contemplava as mãos e os pés, parecia-Me ver os cravos, que os haviam de transpassar. E isso contemplando, aljofravam lágrimas aos Meus olhos e acerba dor invadia-Me a alma". 

3. A dor de Maria; aumentou com a crescente amabilidade do Filho 

De Jesus afirma o Evangelho que, como em anos, ia crescendo também em graça, diante de Deus e dos homens. "E Jesus crescia em sabedoria e em idade e em graça, diante de Deus e dos homens" (Lc 2,52). Crescia em graça e sabedoria perante os homens, isto é, na opinião deles. Perante Deus, porém, neste sentido o explica S. Tomás: As ações de Jesus teriam servido para Lhe aumentar cada vez mais o mérito, se a plenitude da consumada graça não Lhe tivesse sido conferida desde o princípio, em razão da união hipostática. Ora, se Jesus crescia em estima e amor para os homens, quanto mais então para Sua Mãe Santíssima! Mas, ah! com o aumento do amor, mais aumentava também a dor, à só lembrança de perder esse Filho por uma tão cruel morte. E quanto mais se avizinhava o tempo da Paixão, mais cruelmente a espada, predita por Simeão, atravessava o coração materno de Maria. Assim o revelou o anjo a S. Brígida.

Se, pois, Jesus e Sua Mãe Santíssima não recusaram sofrer por nosso amor pena tão atroz, durante a vida toda, não é justo que nos queixemos em nossos pequenos padecimentos. Jesus Crucificado apareceu, certa vez; a Sóror Madalena Orsini, dominicana, experimentada, havia muito tempo, pela tribulação. Animou-a a ficar com Ele na cruz, suportando aquele sofrimento. Mas ela respondeu; Senhor, só penastes na cruz três horas e eu já sofro há muitos anos. Então o Redentor replicou: Mas como falas com ignorância! Desde o primeiro instante em que fui concebido, sofri no coração tudo quanto depois, ao morrer, padeci na cruz. Quando, pois, sofrermos qualquer tribulação e quisermos nos queixar, imaginemos que Jesus e Maria nos dão a mesma resposta. 

EXEMPLO

Narra o Padre Roviglione, da Companhia de Jesus, que certo jovem tinha a devoção de visitar todos os dias uma imagem da Senhora das Dores, cujo peito era transpassado por sete espadas. Uma noite teve ele a infelicidade de cair em pecado mortal. No dia seguinte, indo visitar a imagem da Virgem, viu-lhe no peito oito espadas em lugar de sete. Enquanto contemplava o prodígio, ouviu uma voz interna que lhe disse que seu pecado tinha transpassado com mais uma espada o coração de Maria. 

Isso muito o enterneceu e foi logo confessar-se com grande contrição e pela intercessão de sua advogada recuperou a graça divina. 

ORAÇÃO

Ó minha bendita Mãe, não só uma espada, porém tantas quantas foram os meus pecados, tenho eu acrescentado ao Vosso coração. Não a Vós, que sois inocente, minha Senhora, mas a mim, réu de tantos delitos, são devidas as penas. Já que contudo quisestes sofrer tanto por meu amor, impetrai-me pelos Vossos merecimentos uma grande dor de minhas culpas, e a paciência necessária para sofrer os trabalhos desta vida. Por maiores que sejam, sempre serão leves em comparação dos castigos que tenho merecido, e de meus pecados, que me têm tornado tantas vezes digno do inferno. Amém.

(Glórias de Maria - Santo Afonso Maria de Ligório)

sábado, 5 de abril de 2014

REFLEXÕES - SEMANA DAS DORES 2014

Queridos leitores, a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o Amor da Virgem Maria!

Durante os próximos dias, a Igreja Católica celebrará a Semana das Dores

Nesses momentos de intensa piedade e devoção para com os padecimentos da Mãe do Salvador, vendo tão próxima a Paixão e a Morte de Seu Divino Filho, é com alegria que trazemos para vossa reflexão e fortalecimento espiritual uma série diária de reflexões sobre As Sete Dores de Nossa Senhora, redigidas por Santo Afonso Maria de Ligório.

A cada dia, postaremos sobre uma das Dores de Maria. Desse modo, quer você possa ou não participar das Celebrações, estará se unindo em oração com a Igreja, de maneira a consolar o coração tão dilacerado da Mãe Santíssima.

As celebrações em nossa Paróquia acontecerão entre os dias 06 a 12 de Abril, às 19:30, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário! Venha e repasse o convite! O grande dia, da Páscoa do Senhor se aproxima, e se quisermos chegar vitoriosos à ressurreição, passemos, com devoção e resignação pelos tormentos da cruz.

Os textos foram obtidos no blog A Grande Guerra.



"O próprio Jesus Cristo revelou a S. Verônica de Binasco que Ele mais Se agrada em ver meditados os sofrimentos de Maria, que contemplados os Seus próprios. Filha, disse o Senhor, caras Me são as lágrimas derramadas sobre Minha Paixão; mas, como amo imensamente a Minha Mãe, ainda Me é mais cara a meditação das dores que Ela padeceu, vendo-Me morrer. Assim é que Jesus prometeu graças extraordinárias aos devotos das dores de Maria."
(Glórias de Maria - Santo Afonso Maria de Ligório)

As graças são:

1.º - Esses devotos terão a graça de fazer verdadeira penitência por todos os seus pecados, antes da morte;
2.º - Jesus guardá-los-á em todas as tribulações em que acharem, especialmente na hora da morte;
3.º - Ele lhes imprimirá no coração a memória de Sua Paixão, dando-lhes depois um prêmio especial no céu;
4.º - Por fim os deixará nas mãos de Sua Mãe para que deles disponha a Seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores. 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA - "APÓSTOLO DO BRASIL"

O papa Francisco assinou hoje (3) o decreto de canonização do beato José de Anchieta, um dos jesuítas fundadores da cidade de São Paulo. O “apóstolo do Brasil” é considerado pela Igreja um exemplo de evangelização, foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980 e tornou-se santo mesmo sem ter milagres comprovados. O processo de canonização foi aberto há mais de 400 anos e, segundo o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, sua demora está ligada a uma “campanha de difamação”, feita contra a ordem dos jesuítas.

No dia 4 de maio, durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, será celebrada missa em Ação de Graças pela canonização do beato no Santuário Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida (SP).

José de Anchieta nasceu em 1534, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus e, quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Em 1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou aquela que seria a cidade de São Paulo. No local, foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou.

DOM MOL É NOMEADO MEMBRO DO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A CULTURA

Natural de Ponte Nova (MG), o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, dom Joaquim Mol, foi nomeado pelo papa Francisco, neste sábado, dia 29 de março, membro do Pontifício Conselho para a Cultura, que atua no diálogo da Igreja com a cultura em proximidade com os valores do Evangelho.
Dom Mol preside, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a  Educação. É também membro do Conselho Episcopal Pastoral e do Conselho Permanente da Conferência. Faz parte da diretoria das Edições da CNBB e preside  a Comissão para a Reforma Política. É membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião do Brasil. Atualmente,  integra o Conselho Curador da Fundação João Paulo II e a Fundação Mariana Resende Costa, do Conselho Consultivo da Sociedade Mineira de Cultura.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG).