A agência Fides, do Vaticano, revelou em janeiro deste ano que 22
agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados em 2013, com destaque
para o continente americano.
O número é superior ao de
2012 (13 assassinatos) e inferior ao de 2011 (26 mortes), incluindo 19 padres,
uma religiosa e dois leigos.
O último caso refere-se ao
assassinato do padre Eric Freed, pároco na Califórnia (Estados Unidos da
América), na noite de passagem de ano.
A Fides manifesta ainda a
sua preocupação com a situação de “muitos outros operadores pastorais
sequestrados ou desaparecidos”, como três sacerdotes raptados na República
Democrática do Congo, em outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo
Dall’Oglio e dois bispos ortodoxos dos quais não se tem notícia, na Síria.
Pelo quinto ano
consecutivo, o maior número de mortes aconteceu na América, com destaque para a
Colômbia, onde foram mortos sete sacerdotes.
Entre os casos relatados
pela Fides encontra-se o assassinato do padre Elvis Marcelino De Lima, de 47
anos, religioso da Congregação da Sagrada Família de Nazaré, morto a 13 de
julho em Fortaleza.
A agência de notícias
sublinha que a maior parte das mortes aconteceu após “tentativas de assaltos”
violentos.
O elenco refere-se não só aos missionários, mas
a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a
sua vida consciente do risco que corria.
Nesse sentido, foi aberto
em 2013 um processo de beatificação de seis missionárias italianas que morreram
no Congo, em 1995, infetadas com o vírus do ébola e definidas como “mártires da
caridade”, após se terem recusado deixar a população sem assistência
sanitária.
Segundo os dados da
agência do Vaticano para o mundo missionário, entre 1980 e 2013 morreram mais
de mil agentes pastorais da Igreja Católica.
Na oração do ângelus do dia
26 de dezembro de 2013, o Papa Francisco evocou os cristãos que são “vítimas de
discriminações por causa do testemunho prestado a Cristo e ao Evangelho”.
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