quinta-feira, 17 de abril de 2014

SEMANA SANTA: CELEBRAÇÃO DO ÁPICE DA FÉ CRISTÃ

A Semana Santa é ocasião favorável para cada um de nós meditar e reviver mais profundamente o que celebramos todos os dias na eucaristia: o mistério central da nossa fé. Importa-nos acolher esse dom e participar ativamente da riqueza que as celebrações nos oferecem nesses dias. É condição para crescermos no amor a Deus e aos irmãos e assim renovarmos o jeito da humanidade.

Quinta-feira Santa: Dia da Instituição da Eucaristia, Sacerdócio Católico e Mandamento Novo. Eucaristia quer dizer Ação de Graças. Ação de Graças ou agradecimento é a resposta que brota espontânea do homem diante da manifestação do amor de Deus na criação e na história humana. Viver em atitude de Ação de Graças implica oferecer ao Pai, por Cristo, as coisas criadas e a nossa própria pessoa. Cristo, na última ceia, realizou a Eucaristia oferecendo sua vida ao Pai em sacrifício infinito e a todos os irmãos em comunhão de salvação.

Sexta- feira Santa: após algumas horas de terríveis dores, Jesus morre na cruz. Termina o trabalho dos executores do crime. O que se tem diante dos olhos é um homem morto. Cessam as agressões; os zombadores emudecem. Retiram-se os curiosos. A tristeza se instala no espírito dos amigos. Muitos discípulos não escondem a decepção (“Nós esperávamos que fosse Ele quem iria redimir Israel!”). Diante de um crucificado, morto pela violência dos homens, calha bem o silêncio. No íntimo de cada cristão um questionamento emerge: qual é o sentido da morte de Jesus e que implicações traz para nossa vida?

Sábado Santo: nesta noite singular e essencialmente solene, cantamos o esplendor de uma luz que jamais se apagará. Proclamamos as maravilhas de Deus que nos libertou das trevas da morte e levou-nos ao definitivo e desejável esplendor da vida. Renovamos nosso compromisso batismal, nos revigoramos na Eucaristia e entoamos o Solene Aleluia.

Domingo da Ressurreição: Que a luz e a força do Ressuscitado nos acompanhem continuamente, dando-nos a certeza de que estamos no caminho certo, também, auxiliados e guiados pela Santíssima Virgem Maria, a nossa Mãe Imaculada, que se rejubila com a vitória de seu Filho, Jesus Cristo, vencedor da morte e do pecado.
É Páscoa, Cristo ressuscitou e nos convida a uma vida nova com Ele. Que o Senhor Jesus ressuscite com renovado ardor dentro dos nossos corações e o Espírito Santo nos inspire novos caminhos para o anúncio da Boa Nova da ressurreição em nossas comunidades. Feliz e Santa Páscoa!


(Pe. Bráulio Sérgio Mendes)

terça-feira, 15 de abril de 2014

JUVENTUDE É CONVOCADA PARA A XXIV ROMARIA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

Mariana, 08 de abril de 2014.

Que a Paz do Senhor esteja com vocês!


Amigos(as) pejoteiros(as),

A Pastoral da Juventude, em parceria com outras pastorais e diversas entidades dos movimentos populares convoca a juventude arquidiocesana a participar da 24ª Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.

A Romaria tem como tema em 2014 “Capitalismo, trabalho escravo e tráfico humano” e o lema: Não aos mercadores da morte! Assim é colocada em prática a Campanha da Fraternidade de cada ano mostrando que as pessoas que estão lutando no mundo do trabalho são imagem e semelhança de Deus. Portanto, são irmãos e irmãs filhos do Criador e, por causa disso, não podem ser escravizados, mas precisam ser valorizados e respeitados na sua dignidade de Trabalhadores.

A Romaria vem crescendo e recebendo a adesão de todos que têm compromisso social de Justiça e Paz. Reúne milhares de pessoas tanto trabalhadores e trabalhadoras quanto pessoas que participam em solidariedade aos que trabalham.

Nós da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Mariana estamos juntos nesta luta. Sabemos bem das consequências que a injustiça e a exploração existentes na sociedade capitalista geram para os trabalhadores e trabalhadoras inclusive os jovens.

Venha participar conosco! Mobilize seu grupo de base, levem faixas, cartazes e bandeiras, organize caravanas para a 24º Romaria dia 01 de maio de 2014 em Urucânia

Pedimos que cadastre sua caravana no link:

Contamos com a presença de vocês.


Frente Sociopolítica da Pastoral da Juventude
Arquidiocese de Mariana

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A SEMANA SANTA

A Semana Santa recorda a entrada de Cristo em Jerusalém para celebrar a sua páscoa. Pelas ruas de Jerusalém aclamado com ramos Jesus entra triunfante e, dias depois o clamor muda de tom, e os gritos se fazem ouvir: Crucifica-o! Crucifica-o! Mas Ele veio para que os homens sejam salvos e a vitória chegue ao cume na ressurreição, ou seja, na sua vitória  sobre a morte. Há dois milênios estes fatos são recordados e atualizados através da semana santa, chamada a semana maior.

A semana santa, portanto, faz memória dos últimos dias do ministério de Jesus, centrada na sua morte redentora e morte gloriosa. Neste período temos a oportunidade de mergulhar-nos nos eventos centrais da Redenção, de reviver o Mistério Pascal, o grande mistério da fé.

Infelizmente toda beleza e profundidade desta semana correm o risco de uma interpretação superficial. Na sociedade contemporânea muitos vêem esses dias como datas puramente comerciais, ou como uma oportunidade para viajar para praias, sítios etc, sem maior significado religioso.  Não faça da semana santa um grande feriado, faça dela um momento de encontro pessoal com Jesus Cristo.


Todos são convidados a acompanhar os passos de Jesus em Jerusalém, desde sua entrada triunfal, no Domingo de Ramos, até sua morte, na sexta-feira santa, e principalmente a ressurreição, no Domingo de Páscoa. Que a Virgem Maria nos acompanhe neste itinerário. Juntamente com “ela entraremos no Cenáculo, permaneceremos aos pés da cruz, vigiaremos idealmente ao lado do Cristo morto, aguardando com esperança a aurora do dia radiante da ressurreição” (Bento XVI). Nesta perspectiva, desejo a todos uma feliz e santa páscoa, juntamente com suas famílias e comunidades. 

Padre Mauro Silva 

sábado, 12 de abril de 2014

SÉTIMA DOR: SEPULTURA DE JESUS



1. Queixa da Mãe dolorosa 

Uma mãe, que se acha presente aos sofrimentos e à morte do filho, sente e sofre incontestavelmente todas as suas dores. Mas depois, quando o vê morto e prestes a ser sepultado, oh! então, o pensamento de deixá-lo, para nunca mais tornar a vê-lo, causa-lhe uma dor que excede todas as outras dores. Eis a sétima e última espada de dor que hoje vamos meditar. A Mãe Santíssima vira o Filho morrer na cruz, recebera-O depois de morto, e agora vê-Se obrigada a deixá-lO finalmente no sepulcro, para não mais gozar de Sua amável presença. Compreenderemos melhor esta última dor da Senhora, se subirmos ao Calvário e aí contemplarmos a desolada Mãe, ainda abraçada com o Filho morto. Então bem podia repetir com Jó: Meu Filho, mudastes-vos em cruel comigo (Jó 30, 21). Todas as Vossas belas prendas, Vossa beleza, Vossa graça, Vossas virtudes, Vossas amáveis maneiras: todos os Vossos testemunhos de especial amor, todos os singulares favores que Me dispensastes, - tudo, em outras tantas penas, se Me tem mudado. Quanto mais Vossos benefícios em Vosso amor me inflamaram, tanto mais agravam agora a perda Vossa. Ah! Filho dileto, tudo perdi em Vos perdendo! Ó verdadeiro Filho de Deus, - assim a faz queixar-se Bernardino de Busti com Pseudo-Bernardo - Vós me éreis pai, filho e esposo e vida; agora estou sem pai, sem esposo, sem filho; perdi tudo, numa palavra. 

2. Maria acompanha Jesus à sepultura 

Deste modo expandia a Mãe a Sua dor, abraçada ao Filho sem vida. Mas os santos discípulos receavam Lhes expirasse de dor a pobre Mãe, e por isso se apressam em tirar-Lhe do regaço o Filho sem vida. Fazendo-Lhe, pois, respeitosa violência, tiram-lhO dos braços, O embalsamam com aromas, envolvem-nO numa mortalha, preparada de propósito para Ele. Nela quis o Senhor deixar impressa Sua imagem, como hoje ainda se vê em Turim. 

Levam o Sagrado Corpo à sepultura. Forma-se o cortejo fúnebre e os discípulos acompanham-no, juntamente com as santas mulheres. Entre as últimas, caminha a Mãe dolorosa, levando também Ela o Filho à sepultura. Ter-se-ia a Senhora de boa mente sepultado viva com o Filho, como reza uma Sua revelação a S. Brígida. Mas, esta não sendo a divina vontade, acompanhou resignada o sacrossanto corpo de Jesus ao sepulcro, no qual, como refere Barônio, depositaram também os cravos e a coroa de espinhos. No momento de fechá-lo com a pedra, voltaram-se os discípulos para Maria com as palavras: Eia, Senhora, vai ser fechado o túmulo. Ânimo! contemplai Vosso Filho pela última vez e dai-Lhe um derradeiro adeus! Assim, pois, ó dileto Filho, - teria então dito talvez a Senhora, - assim, pois, não mais Vos tornarei a ver? Recebe com Meu último olhar o último adeus de Vossa aflita Mãe; recebe Meu coração, que deixo conVosco no sepulcro! - Era-lhe ardente o desejo de sepultar também sua alma com o Filho, observa Vulgato Fulgêncio. A pobre Virgem assim falou a S. Brígida: Na sepultura de Meu Filho estavam sepultados dois corações. - Finalmente, os discípulos tomaram a pedra e fecharam no túmulo o corpo de Jesus, aquele tesouro que não tem igual nem no céu nem na terra. 

Intercalemos aqui uma digressão. Maria deixa Seu coração sepultado com Jesus, porque Lhe é Jesus o único tesouro. "Porque onde está o vosso tesouro, aí está também o vosso coração" (Lc 12,34). E nós onde sepultaremos o nosso? Nas criaturas, talvez? no desprezível pó? Por que não em Jesus? Ainda que haja subido ao céu, quis entretanto permanecer no meio de nós no Sacramento, justamente para possuir e guardar nossos corações. Voltemos, porém, a Maria. Antes de se afastar do sepulcro, bendisse aquela pedra sagrada, como refere Boaventura Baduário: "Ó pedra feliz, que agora encerras Aquele que tive nove meses no seio, eu te bendigo e invejo. Deixo-te guardando este Meu Filho que é todo o Meu bem, todo o Meu amor". E dirigindo-Se ao Pai Eterno, rezou: Meu Pai, a Vós encomendo este Filho, que e Vosso e Meu

3. Maria despede-Se da sepultura do Filho 

Tais foram as despedidas de Maria junto ao sepulcro do Filho, de onde depois voltou a casa. Triste e aflita ia a pobre Mãe, diz Pseudo-Bernardo, despertando lágrimas em quantos A viam passar. Acrescenta também que os santos discípulos e as santas mulheres choravam mais por causa de Maria do que sobre a perda do Mestre. Quer Boaventura Baduário que as parentas de Maria a tenham velado com um lúgubre manto. Na volta - diz ele - passou a Virgem pela cruz, banhada ainda com o sangue de Seu Jesus. Foi a primeira a adorá-la com as palavras: O Cruz, eu te beijo e te adoro; agora não és mais um madeiro infame, mas o trono do amor e o altar da misericórdia, consagrado com o sangue do divino Cordeiro, sacrificado em teus braços pela salvação do mundo. 

Assim se despede da cruz e volta para casa. Aí olha em torno de Si e não vê mais o Seu Jesus. Em vez da presença de Seu querido Filho, surgem-Lhe à memória todos os quadros de Sua desapiedada morte. Recorda os abraços dados ao Filho no presépio de Belém, os colóquios durante tantos anos, os mútuos afetos, os olhares cheios de amor, e as palavras de vida eterna saídas daqueles lábios divinos. Então se Lhe apresenta ante os olhos a cena funesta daquele dia: vê os cravos, os espinhos, as carnes dilaceradas do Filho, Suas chagas tão profundas, Seus ossos tão descarnados, Sua boca assim aberta, Seus olhos assim apagados.

Ai! que noite de dores foi aquela para a Mãe de Deus! Dirigia-Se a S. João e lhe perguntava cheia de tristeza: João, onde está o teu Mestre? Perguntava depois a Madalena: Filha, dize-Me, onde está o teu dileto? Quem no-lo arrebatou? - Em prantos Se expandiam a Senhora e os que A rodeavam. E tu, minha alma, não choras? Dirige-te à Virgem Dolorosa e pede-Lhe lágrimas, como S. Boaventura: Deixa-me chorar, ó Senhora, porque sou eu o culpado e Vós sois inocente! Pede-Lhe admita que chores com Ela: Deixa que eu chore conVosco. Ela chora de amor; chora tu de dor por teus pecados. E poderás assim ter a felicidade daquele de quem se trata no seguinte exemplo. 

EXEMPLO 

Conta o Padre Engelgrave que havia certo religioso tão atormentado pelos escrúpulos, que às vezes quase se entregava ao desespero. Mas como era devotíssimo de Nossa Senhora das Dores, recorria sempre a Ela em suas angústias espirituais, e, contemplando Suas dores, se sentia confortado. Na hora de sua morte, perseguiu-o o demônio mais que nunca com os escrúpulos, induzindo-o à desesperação. Mas a piedosa Mãe, vendo Seu pobre filho tão angustiado, apareceu-lhe e disse-lhe: Filho meu, por que tanto temes e te entristeces, tu que tantas vezes Me consolaste, compadecendo-te de Minhas dores? Ânimo! Mandou-Me Jesus a consolar-te. Anda, consola-te, enche-te de alegria e vem Comigo para o céu. A essas palavras, o devoto religioso, cheio de consolação e de confiança, expirou placidamente. 

ORAÇÃO

Ó minha Mãe dolorosa, não Vos quero deixar chorando sozinha. Quero acompanhar-Vos com minhas lágrimas. Esta graça hoje Vos peço: obtende-me uma contínua memória com uma terna devoção à Paixão de Jesus e à Vossa, para que os dias que me restam de vida me não sirvam senão para chorar Vossas dores, ó minha Mãe, e as de meu Redentor. Essas Vossas dores, espero eu, na hora de minha morte, me hão de dar coragem, força e confiança para não desesperar à vista do muito que ofendi ao meu Senhor. E elas me hão de impetrar o perdão, a perseverança e o paraíso, onde espero depois alegrar-me conVosco, e cantar as misericórdias infinitas de meu Deus, por toda a eternidade. Assim o espero, assim seja. Amém. 


Ó minha Senhora, Vós roubais os corações dos homens pela Vossa suavidade. Pois então já não roubastes o meu? Ó arrebatadora dos corações, quando me restituireis o meu? Não; guardai-o conVosco e colocai-o, juntamente com o Vosso, no lado aberto de Vosso Filho. Tenho assim o que desejo, já que sois Vós a minha esperança. 

(Glórias de Maria por Santo Afonso Maria de Ligório)

sexta-feira, 11 de abril de 2014

22 ASSASSINATOS ATINGIRAM A IGREJA CATÓLICA EM 2013

A agência Fides, do Vaticano, revelou em janeiro deste ano que 22 agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados em 2013, com destaque para o continente americano.

O número é superior ao de 2012 (13 assassinatos) e inferior ao de 2011 (26 mortes), incluindo 19 padres, uma religiosa e dois leigos.

O último caso refere-se ao assassinato do padre Eric Freed, pároco na Califórnia (Estados Unidos da América), na noite de passagem de ano.

A Fides manifesta ainda a sua preocupação com a situação de “muitos outros operadores pastorais sequestrados ou desaparecidos”, como três sacerdotes raptados na República Democrática do Congo, em outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio e dois bispos ortodoxos dos quais não se tem notícia, na Síria.

Pelo quinto ano consecutivo, o maior número de mortes aconteceu na América, com destaque para a Colômbia, onde foram mortos sete sacerdotes.
Entre os casos relatados pela Fides encontra-se o assassinato do padre Elvis Marcelino De Lima, de 47 anos, religioso da Congregação da Sagrada Família de Nazaré, morto a 13 de julho em Fortaleza.

A agência de notícias sublinha que a maior parte das mortes aconteceu após “tentativas de assaltos” violentos.

O elenco refere-se não só aos missionários, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.
Nesse sentido, foi aberto em 2013 um processo de beatificação de seis missionárias italianas que morreram no Congo, em 1995, infetadas com o vírus do ébola e definidas como “mártires da caridade”, após se terem recusado deixar a população sem assistência sanitária. 

Segundo os dados da agência do Vaticano para o mundo missionário, entre 1980 e 2013 morreram mais de mil agentes pastorais da Igreja Católica.


Na oração do ângelus do dia 26 de dezembro de 2013, o Papa Francisco evocou os cristãos que são “vítimas de discriminações por causa do testemunho prestado a Cristo e ao Evangelho”.